Apresentação

A reflexão sobre educação remete para a qualidade das aprendizagens realizadas, que se pretendem de nível elevado. Privilegia-se o aprender a conhecer, o aprender a ser na pluralidade de uma sociedade global, onde a aprendizagem se assume como fator que distingue sociedades. Ora, com os novos normativos, é necessário capacitar os docentes de ferramentas que contribuam para a mudança de práticas. O documento da Autonomia e Flexibilidade Curricular remete para uma mudança de atitudes e é pedido aos docentes que invistam noutros modos de organização curricular e pedagógica. Pretende-se que os docentes reflitam sobre as suas práticas e a forma como organizam as atividades. Que entendam a Matemática como uma área propícia ao desenvolvimento de projetos onde a flexibilidade e articulação curricular se efetiva em prol dos alunos. Pretende-se promover, com base nos normativos legais e nas capacidades dos alunos, uma mudança da práxis sem constranger o direito da criança de gostar e de brincar com a matemática. Sabemos hoje que o que distingue as sociedades é o seu nível de desenvolvimento, cada vez mais ligado a competências de raciocínio e resolução de problemas.

Destinatários

Docentes dos Grupos 100 e 110

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Docentes dos Grupos 100 e 110. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Docentes dos Grupos 100 e 110.

Objetivos

 Promover uma reflexão e apropriação dos objetivos da autonomia e flexibilidade curricular;  Promover a articulação da matemática com todas as áreas curriculares;  Promover a articulação de conteúdos, capacidades e conhecimentos matemáticos entre o Jardim de Infância e o 1.º CEB;  Promover a construção de estratégias e de materiais que operacionalizem os conceitos matemáticos abordados;  Promover iniciativas cooperativas de aprendizagem, orientadas para a colaboração, cooperação, integração e troca de saberes;  Promover a consciência de mudança de práticas como garantia de sucesso;  Promover o conhecimento e a partilha de materiais;  Promover o espírito de investigação;

Conteúdos

Sessões presenciais (25h) Princípios orientadores de práticas integradas de gestão flexível do currículo (2h) Normativos legais curriculares que orientam a prática docente O lugar da matemática no currículo e nos normativos legais (3h) A matemática nas OCEPE e documentos de apoio A matemática e as aprendizagens essenciais no 1.º CEB A matemática e o Perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória A matemática no Decreto-lei n.º 55/2018 de 6 de julho A articulação da matemática com as outras áreas curriculares (13h) Produção de tarefas A negação da matemática e na matemática (7h) E se a matemática fosse o não? - Tarefas práticas Sessões de trabalho autónomo (25h) Construção de materiais pedagógicos e experimentação dos mesmos; Avaliação dos materiais produzidos e dos resultados atingidos, no âmbito da Oficina; Partilha do resultado da implementação das tarefas em contexto.

Metodologias

Os conteúdos (teórico-práticos) serão abordados e explorados em grupos. Em todas as sessões serão propostas aos docentes tarefas matemáticas onde aplicarão os conteúdos abordados, procurando efetivar a articulação entre ciclos e a articulação de conteúdos e áreas curriculares. Nas sessões presenciais são apresentados os trabalhos realizados em contexto de JI e sala de aula e levantada uma séria reflexão sobre os mesmos. O trabalho autónomo será desenvolvido em contexto de sala de aula e JI, onde os docentes desenvolverão as metodologias e práticas trabalhadas nas sessões presenciais, num trabalho de natureza transdisciplinar e interdisciplinar por forma a criar contextos de aprendizagem inovadores e desafiantes, que apresentarão nas sessões presenciais. No final, os docentes terão que realizar uma reflexão que traduzirá o trabalho desenvolvido.

Avaliação

A avaliação dos formandos é quantitativa, expressa na escala de 1 a 10 de acordo com a legislação em vigor, tendo por base os seguintes itens: A participação nas sessões terá uma valoração de 30%; A implementação das tarefas em contexto terá uma valoração de 60%; A reflexão escrita no final da ação de formação terá a valoração de 10%.

Bibliografia

Decreto - Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, objeto da Declaração de Retificação n.º 29 -A/2018, de 4 de setembro — Currículo dos ensinos básico e secundário e os princípios orientadores da sua conceção, operacionalização e avaliação das aprendizagensDGE. (19 de julho de 2018). Matemática. Aprendizagens Essenciais. Despacho n.º 6944-A/2018. Obtido de Direção-Geral da Educação: http://www.dge.mec.pt/matematicaMartins, G. (2017). Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Lisboa: Ministério da Educação / Direção-Geral da Educação.NCTM. (2017). Princípios para a ação: assegurar a todos o sucesso em matemática. Lisboa: APM.Silva, I., Marques, L., Mata, L., & Rosa, M. (2016). Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Lisboa: Ministério da Educação/Direção-Geral da Educação.

Observações

Critérios de seleção: 1 - Docentes das escolas associadas ao CFAE de Viseu 2 - Docentes de outras escolas; Em cada critério, por ordem de inscrição.

Formador

Florbela de Almeida Correia Soutinho

Cronograma