Apresentação

Carlos Neto (2024), refere que “A superproteção adulta, por vezes patológica e a pandemia do medo que se instalou em todo o lado, referente a uma cultura social adversa a crianças em contextos de risco, tem vindo a desenvolver as taxas de sedentarismo infantil, diminuição de autonomia de mobilidade, contato com a natureza, e aumento da ansiedade, stress e imaturidade.” É neste contexto que emerge o valor pedagógico da lecionação da modalidade de escalada, onde se verifica um crescente interesse por parte dos alunos e professores que revelam vontade em abordar estas "novas" modalidades, quer pela diversidade de capacidades físicas que aportam ao reportório motor dos alunos, quer pelo potencial para o desenvolvimento dos valores inscritos no perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória (autonomia, responsabilidade, resiliência, cooperação, inclusão…). Refira-se, que a modalidade está inscrita quer nos Programas curriculares da disciplina de Educação Física, quer nos Cursos Regulares, quer nos Cursos Profissionais, quer no Plano Curricular dos Cursos Profissionais de Técnico de Desporto. Assim, integrar a escalada nas escolas enriquece, não só, o currículo, mas também prepara os alunos para enfrentarem desafios na vida, promovendo um desenvolvimento integral. Prática que pode ser uma poderosa ferramenta pedagógica que vai além da atividade desportiva, contribuindo para a formação de indivíduos mais saudáveis, resilientes e conscientes social e ambientalmente.

Destinatários

Professores dos grupos 260 e 620

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos grupos 260 e 620. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos grupos 260 e 620.

Objetivos

• Contextualizar os participantes sobre a prática de escalada. • Munir o participante dos aspetos técnicos da escalada. • Dotar o participante de ferramentas para a ensino das diferentes técnicas de escalada. • Transmitir princípios de progressão e segurança. • Estruturar o planeamento de atividades de escalada. • Executar tarefas de segurança ativa e passiva de operacionalização e enquadramento de grupos na acessibilidade e execução nos diferentes aparelhos. • Sensibilizar para as boas práticas éticas e ambientais em atividades desportivas na natureza. • Utilização da escalada como meio de promoção de valores

Conteúdos

Contextualização da atividade (3h teórico/prática). • Origem e evolução da escalada. • Tipologias da escalada. • Equipamentos e nós. Motricidade da Escalada (3h + 3h práticas). • Jogos de escalada. • Reportório gestual de escalada. Escalada de Bloco. (3h teórico/práticas). • Segurança na escalada de bloco. • Tipos de blocos. • Organização de competições. • Regulamento da competição. Escalada com corda por cima (top-rope). (3h+3h práticas). • Segurança com aparelho manual (oito). • Segurança com aparelho mecanicamente assistido (grigri). Escalada de primeiro (à frente). (3h práticas). • Segurança. • Fator e queda e força de choque. • Técnica para proteção do escalador (Mosquetenear). • Procedimentos para abandonar a via. • Regulamento e organização de competições. Monitorização em atividades de escalada. (4h teórico/prática) • Preparação de atividades. • Montagem de atividades. • Monitorização de atividades. • Procedimentos de segurança.

Anexo(s)

Observações

Critérios de seleção: 1.º Docentes de escolas associadas ao CFAE de Viseu; 2.º Docentes de outras escolas. Em cada critério, por ordem de inscrição.

Formador

Fernando Cunha Enes

Cronograma